sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Pausa para a leitura

Começou hoje em Belém a XI Feira Pan-Amazônica do Livro. É claro que tinha que aproveitar a oportunidade para comprar mais alguns livros sobre cinema e alimentar uma mania que não consigo largar de mão: comprar livros que estão sendo adaptados para o cinema.

Mesmo sabendo que invariavelmente vou me arrepender depois, basta eu ouvir que a história vai ser adaptada que eu corro para uma livraria.

Foi assim quando soube que o livro "Uma Vida Interrompida" viraria o novo filme do diretor de Senhor dos Anéis, Peter Jackson e se repetiu com o livro "Ensaio Sobre a Cegueira" que já está sendo filmado sob a direção de Fernando Meirelles (Cidade de Deus).

O contrário, ler o livro depois de assistir ao filme, também acontece, mas com menor frequência. Nesse caso posso citar "Memórias de uma Gueixa"; "Perfume - a história de um assassino" e "Pergunte ao pó", este último possui uma particularidade, ele conta a história de um escritor durante o processo de criação de sua obra, um grande exemplo da deliciosa mistura cinema e literatura.

E como ler um bom livro é para mim tão prazeroso quanto assistir a um bom filme. este final de semana me dedicarei à leitura.

Até mais.


Veja a programação da XI Feira do Livro e leia mais sobre adaptações para o cinema e filmes sobre escritores:

Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves
Movie Pop
Fox Vídeo Locadora

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

O Moulin Rouge Indiano

Estive ontem na abertura oficial da Mostra de Cinema Indiano. O filme apresentado foi Jhoom Barabar Jhoom(2007). Não posso dizer se de fato ele é uma versão do famoso Moulin Rouge: Amor em Vermelho(2001) pois este último faz parte da minha lista : "Filmes que todo mundo viu, menos eu", mas posso dizer que Jhoom Barabar Jhoom é surpreendente.

Procuro assistir a todo gênero de filmes, mas confesso ter uma certa barreira com comédias, as que me agradam costumam ser de humor negro, como: Matadores de Velhinhas (2004) e o Cheiro do Ralo (2007); esses encabeçam a lista: "Filmes que todo mundo odeia, menos eu", mas voltando ao Moulin Rouge indiano, o que quero dizer é que foi uma agradável surpresa me perceber rindo em coro com a sala de exibição ontem.

Jhoom Barabar Jhoom tem um enredo super simples, daquelas comédias românticas que você sabe como vai terminar; o figurino e a maquiagem lembram muito as novelas que passam a tarde no SBT, mas quem disse que não é proposital?

Este filme foi feito para divertir e diverte. E o que mais se pode dizer sobre um filme que cumpre seu papel? O cineasta indiano Ram Devinene disse ontem a noite: "Se você assitir a um filme de Bollywood e não se divertir você não entedeu Bollywood"

Nesse caso, Jhoom Barabar Jhomm é puro Bollywood.

Veja a programação completa da Mostra de Cinema Indiano e a sinopse de Jhomm Barabar Jhomm no site da Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

A Inglaterra, a Índia e O Motim



Jhoom Barabar Jhoom é o filme de estréia da Mostra de Cinema Indiano. Ainda inédito no Brasil, ele é considerado uma versão indiana de Moulin Rouge. A Mostra inicia hoje, às 19 horas no Cine Líbero Luxardo.


E já que Bollywood tomou conta da cidade , revi ontem O Motim. Nossa! Que filme impressionante.

Baseado em fatos, o filme mostra a Índia quando esta ainda era uma colônia inglesa, em 1857. O país era regido pelas leis da Inglaterra e seu povo era obrigado a conviver com o exército britânico em seu território.

O Motim mostra a clara intervenção da Inglaterra sobre os costumes e crenças dos indianos e nos faz questionar sobre os conceitos de certo e errado. Com um enredo forte que te prende até o fim, este é sem dúvida o melhor do cinema indiano que vi até hoje.

Você encontra O Motim para locação na Fox Vídeo Locadora.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Preparem-se, Bollywood está chegando!


Amanhã, quarta-feira(26), começa em Belém a Mostra de Cinema Indiano. Os filmes serão exibidos no Cine Líbero Luxardo e a programação completa está disponível no site da Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves.

Considerado por mim um gênero a parte, o cinema Bollywoodiano me conquistou há tempos. É praticamente impossivel definir se você está diante de um filme de ação ou de um drama, mas é certo que terá romance e música, muita música. Os indianos adoram os números musicais no meio do filme.

Para ir entrando no clima Bollywoodiano, passei na Fox e loquei "Um Casamento a Indiana", ganhador do Leão de Ouro em 2001.

O filme mostra os preparativos que antecedem a festa de casamento de Aditi e Hemant. Mas como o casamento é arranjado, os noivos mal se conhecem e para completar Aditi ainda se encontra com seu ex-namorado, um jornalista da tv indiana, casado.

Com uma história simples, a narrativa é feita de uma maneira leve e agradável. A diretora Mira Nair (Kama Sutra)também acrescentou na película imagens de Nova Délhi, capital do país.

Um Casamento a Indiana é ideal para conhecer um pouco da cultura indiana e se habituar com seus filmes, considerados os embaixadores culturais do país.



*Bollywood é a industria cinematográfica da Índia concentrada em Bombaim. A junção do nome da capital com Hollywood originou o nome.

Leia mais sobre o cinema indiano:
wikipedia
Planet Bollywood
Bollywood Brazil

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

A Cidade de Meirelles

A imagem que ilustra o título deste blog faz parte do filme Cidade de Deus, dirigido por Fernando Meirelles.

Dos vídeos amadores produzidos ainda na faculdade de arquitetura em São Paulo à Hollywood pouco mais de três décadas se passaram. Tempo suficiente para que Meirelles se tornasse um diretor mundialmente respeitado pela qualidade em seu trabalho.

Já consagrado por suas produções para televisão entre elas o inesquecível programa da Tv Cultura: "Rá-tim-bum", o diretor direcionou seu trabalho para a tela grande e o resultado não poderia ter sido melhor.

Depois de dirigir o longa metragem 4 vezes indicado ao Oscar em 2003, Cidade de Deus, Meirelles repetiu a fórmula já na sua primeira produção internacional: O Jardineiro Fiel, também foi indicado em 4 categorias do Oscar 2006 e levou para casa a estatueta de atriz coadjuvante para Rachel Weiz.

Hoje, Fernando Meirelles é responsável pela versão cinematográfica do livro Ensaio Sobre a Cegueira, de José Saramago. Em entrevista publicada, esta semana no Google Noticias, o diretor fala sobre o longa que se chamará Blindeness e terá cenas gravadas no Canadá, Uruguai e Brasil.

Esta semana Fernando grava em Montevidéu de onde atualiza o blog do filme.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Não é uma promessa. É um desejo.

A vontade já existia, eu confesso, mas faltava um pequeno empurrão para que o desejo se concretizasse ou nesse caso se virtualizasse.

Quando adolescente escrevia em diários, não era um ritual diário, mas os fatos mais importantes de minha vida eram devidamente registrados e, se possível, evidenciados com ingressos de shows, convites para festas ou papéis de bombons.

Um dia deixei de escrever em meu diário. Não lembro porquê.

Quando os diários virtuais viraram mania pensei em resgatar esse antigo hábito, mas algo me fez recuar.

Esse mês a idéia de criar um blog voltou a habitar meus pensamentos. Simone Romero sugeriu e voltei a pensar com carinho na idéia.

Lembrar do tempo em que tudo era devidamente registrado na agenda perfumada me fez lembrar de outro hábito que o tempo, ou a falta dele, obrigou-me a abandonar: assistir um filme diariamente.

Não importava se era na tela grande do cinema ou na pequena da sala de casa, diariamente assistia a um filme.

Nem sempre eram bons. Nem sempre eram filmes; passei muitas madrugadas acordada assistindo compulsivamente aos episódios de uma série. Não assisto novelas, mas não resisto a uma série de tv.

Em algum momento deixei de ir à locadora diariamente e o cinema passou a ser um programa esporádico e não mais semanal.

Na mesma época em que pensava sobre agendas e filmes uma grande amiga, também jornalista, criou um blog que une sua paixão pelo texto com a culinária: tomato e potato. Era a deixa que me faltava.

E assim surgiu esse blog: Um filme por dia. O que não é uma promessa, mas um desejo.