Pela primeira vez em Belém será realizada a II Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul.
A abertura oficial será amanhã, dia 06, às 19h, no Cine-Teatro Maria Sylvia Nunes, Armazém 3, Estação das Docas. A entrada franca e o filme exibido será "Nas Terras do Bem-Virá", de Alexandre Rampazzo, da apresentação da Orquestra de Música Latina da UFPA.
A programação continua até dia 12 de Dezembro na sala de Cinema Líbero Luxardo - Centur.
Em todas as capitais haverá um debate com um tema de discussão e convidados. Em Belém o tema abordado será "Reforma Agrária e Direitos Humanos" e os participantes da mesa de debate, que acontecerá na sexta, dia 07, às 19h, serão: Socorro Gomes, José Cristiano Martins Nunes , Tatiana Guitti Polastri, Ulisses Manacas, Eduardo Lopez, José Guerra.
Além do debate, haverá uma sessão especial no sábado , às 17h, voltada para os deficientes visuais, orientada pela áudio-descrição e exibição do filme "Histórias de Morar e Demolições", de André Costa.
Assisti essa semana em DVD Confidencial (Infamous). Desconhecido para muitos, o filme trata da trajetória do escritor Truman Capote (Bonequinha de Luxo) enquanto escrevia o famoso Á Sangue Frio.
Então você depois de ler o parágrafo acima pensa: Mas essa não é mesma história de Capote? Sim e Não, eu respondo. Procurando mais informações para poder melhor escrever sobre as semelhanças e diferenças sobre esses dois filmes achei a crítica que Celso Sabadin fez no site cineclick sobre o assunto. Abaixo reproduzo um trecho da crítica:
Confidencial aposta num Truman Capote mais espalhafatoso e muito menos contido que aquele interpretado por Phillip Seymour Hoffmann. Aqui, o papel é do inglês Toby Jones, presente quase sempre em papéis coadjuvantes, mas que dá vida, humor e muita sensibilidade ao personagem. Freqüentador dos mais sofisticados ambientes nova-iorquinos, certo dia a atenção de Capote é atraída por uma pequena notícia de jornal relatando um chocante assassinato acontecido no Kansas. Fascinado pela história, ele convence sua amiga e também escritora Nelle Harper Lee (Sandra Bullock) a acompanhá-lo até aquele "fim de mundo" para fazer uma pesquisa que renderia uma reportagem na revista The New Yorker. É lá que tudo muda na vida do famoso escritor. De alguma maneira, Capote encontra no coração empoeirado da América, na figura de um desumano criminoso, o espelho perfeito das próprias frustrações, traumas e contradições pelas quais passou durante toda a vida.
E põe bala nisso! E não pára nas balas, ainda temos cenouras, sim isso mesmo cenouras; o nome desse filme poderia ser mandando bala e enfiando cenouras.
Normalmente não iria assistir um filme com um nome desse: Mandando Bala, fala sério, que nome é esse? Mas quando vi o elenco: Clive Owen (Filhos da Esperança), Monica Bellucci (Irreversivel) e Paul Giamatti (Sideways) (Ah! O Paul Giamatti, sim foi o gorducho do Giamatti e não o galã Clive Owen que me fez dar uma chance ao filme). Mas de volta ao filme.
Mandando Bala é o típico representante do cinema pipoca. Sabe o que é? Um tipo de filme feito apenas para divertir o expectador e ganhar alguns milhões, é claro. Mandando Bala é assim. Pura diversão. Além de várias cenas de ação com trocas de tiros inclusive enquanto Owen e Belluci protagonizam uma cena de sexo.
Quem for assistir Mandadndo Bala deve se despir de preconceitos, comprar um grande balde de pipocas e curtir toda a ação e comédia que o longa proporciona. Acredite ambas são de excelente qualidade. Então prepare-se para a diversão e mande ver!
Começou na última quarta (21) e continua até domingo, dia 2 de dezembro a Mostra Franco-Alemã de Cinema
A entrada é garátis e as sessões são às 19h30, de quarta a sexta, e às 17h e 19h30, aos sábados e domingos no O Cine Líbero Luxardo - Centur (Av. Gentil Bitencourt, 650, Térreo - esquina com Rui Barbosa).
A Mostra é resultado de uma parceria com a Casa de Estudos Germânicos, Aliança Francesa e Cinemateca da Embaixada da França
Veja a programação: 1ª Semana
Dia 21 – quarta – Aurora de F.W Murnau Dia 22 – quinta – A Grande Ilusão de Jean Renoir Dia 23 – sexta – Tabu de F.W Murnau Dia 24 - sábado 17h00 – Fausto de F.W Murnau 19h30 – A Regra do Jogo de Jean Renoir Dia 25 – domingo 17h00 – De Meyerling a Sarajevo de Max Ophüls 19h30 – O Ano Passado em Marienbad de Alan Resnais
2ª Semana
Dia 28 – quarta – Quarto 666 e Um Truque de Luz de Win Wenders (com debate cinema no intervalo das sessões) Dia 29 – quinta – Mme de....de Max Ophüls Dia 30 – sexta – Um Amor de Swan de Volker Schlöndorff Dia 1º – sábado 17h – Carta de uma Desconhecida de Max Ophüls 19h30 – Lola Montez de Max Ophüls Dia 2 – domingo 17h - O Corvo de Henri Georges Clouzot (frança 43) 19h30 – Passaporte para a Vida de Bertrand Tavernier
Confesso. Enfrentei fila e assisti Titanic e King Kong; duas mega produções que não me acrescentaram nada além de dores nas costas de tanto procurar uma posição confortável durante as mais de duas horas e meia de exibição.
Condeno. Quem assistiu filmes como esses repetidas vezes e ainda não conhece o magnífico trabalho de Sérgio Leone em "Era uma vez na América"
Destaco. A maravilhosa cena que indica o passar do tempo. Percebemos as mudanças na estação e finalmente no rosto de De Niro. Leone não precisa de recursos pobres como legendas dizendo quanto tempo se passou ou imagens aceleradas típicas de folhetim; para marcar a passagem de tempo leone faz uso única e exclusivamente da linguagem cinematográfica. Um arraso!
Desafio. Alguém que se canse durante as quatro horas de duração do filme ou não se emocione com a trilha assinada por Ennio Morricone, responsável também pela trilha de Cinema Paradiso e os Intocáveis.
"Eu não acredito que você nunca tinha visto????" Foi assim mesmo, com todos esses pontos de interrogação que a Lorena reagiu quando eu disse ter assistido "Em algum lugar do passado" esta semana.
É verdade, só agora eu vi. Menos um na minha lista "Filmes que todo mundo viu menos eu".
Veja um trecho do romance que marcou os anos 80 e recebeu uma indicação ao Oscar, na categoria de Melhor Figurino. Aproveite também e mate a saudade dos belos olhos do Christopher Reeve.
Em Algum Lugar do Passado (Somewhere in Time, 1980)
» Direção: Jeannot Szwarc » Gênero: Drama/Fantasia/Romance » Origem: Estados Unidos » Duração: 103 minutos » Sinopse: Richard Collier (Christopher Reeve) é um jovem escritor que vai ao passado para reencontrar uma mulher que, no presente, disse ser um grande amor.
O produtor cultural Emanoel Freitas juntamente com Atílio Verberosa Júnior, representante da ONG Amazônia Imaginária estão selecionando um nova estrela para o próximo filme do cineasta Jonathan Nossiter, que recentemente dirigiu o documentário Mondovino, onde o mundo do vinho é retratado. Este será o quinto longa-metragem de Nossiter, e dessa vez a produção americana terá co-produção do Brasil e França.
Com as filmagens marcadas para iniciarem no próximo ano no Brasil e tendo a maior parte de suas ações na cidade do Rio de Janeiro. O filme é quase uma declaração de amor do diretor ao país. Nossiter é casado com a fotógrafa brasileira Paula Prandini e os três filhos do casal são cariocas. Mas a paixão pelo Brasil começou há mais de 20 anos quando o então estudante de Artes, encantou-se com o escritor brasileiro Machado de Assis. A admiração pelas obras de Machado de Assis é tamanha que Nossiter batizou sua primogênita de Capitu, uma das mais polêmicas personagens de Assis.
Ainda sem título definido, o longa contará a história amor entre um americano e uma jovem índia brasileira. Os dois se apaixonam e mudam-se para o Rio de Janeiro em busca de uma vida de glamour. O cinema já contou muitas histórias românticas entre uma índia e um estrangeiro, a mais famosa delas é a história da índia Pocahontas, que após ser contada em pela Disney, virou o longa-metragem 'O Novo Mundo' em 2005. Mas como levará a assinatura do cineasta premiado no Festival de Sundance em 1997 e indicado no Festival de Cannes em 2004, com certeza podemos esperar algo muito além do óbvio para esse novo trabalho.
Seleção de atrizes Tendo como referência o talento e a beleza das atrizes paraenses Dira Paes, a Solineuza do seriado A Diarista e de Eunice Baía, a pequena índia do filme Tainá - uma aventura na selva, Nossiter definiu que a atriz que interpretará um dos papéis principais do filme deve ser paraense. A personagem em questão é uma jovem índia de 18 ou 19 anos, que irá morar no Rio de Janeiro ao lado do amado.
Emanoel Freitas e Atílio Verberosa são os nomes encarregados da díficil missão de encontrar entre as jovens do Estado uma nova estrela para brilhar nas telonas. Para interpretar a índia apaixonada, os produtores estão selecionando moças entre 17 e 30 anos, mas que aparentem ter entre 18 e 19 anos de idade. Além da aparência jovem é fundamental que a moça tenha traços indigenas e seja carismática.
A experiência como atriz não é pré-requisito para essa seleção já que por ser um dos personagens centrais da histórias, a atriz receberá uma preparação específica que contará também com aulas de interpretação, por isso, Emanoel e Atílio têm visitado os interiores do Pará, principalmente os referências em comunidades indigenas, como Marabá e Nova Ipixuna, em busca da nova atriz. Além de não precisar ter experiência, também não é preciso que a candidata ao papel no filme fale inglês, todo o longa será rodado em português e posteriormente dublado em línguas estrangeiras para a distribuição mundial.
Todo o processo de seleção e escolha da atriz termina nos primeiros 15 dias de novembro quando o diretor Jonathan Nossiter, vem a Belém para fazer teste de câmera com as moças pré-selecionadas através das fotos tiradas nas comunidades visitadas por Emanuel e Atílio e das fotos enviadas diretamente pelas candidatas via e-mail.
Para participar da seleção é preciso enviar uma foto de rosto e telefones de contato para o endereço eletrônico: elenco@amazoniaimaginaria.org.br até o dia 10 de novembro.
Ás vezes me desligo de filmes e me entrego ao vício das séries.
Depois de rever Á sete palmos e sex and the city resolvi finalmente assistir à terceira temporada de Lost, a série mais irritantemente viciante de todas. Não vou me ater a comentar essa última temporada da série visto a enorme diferença de tempo entre seu lançamento e esse post.
Acontece que quando terminei de assistir Lost resolvi começar uma nova série e a escolhida foi Heroes. Na época de seu lançamento, em setembro do ano passado, essa série recebeu milhares de elogios e conquistou fãs pelo mundo inteiro. Muitos diziam que Heroes era superior a Lost.
Pois bem, resolvi conhecer a história de pessoas comuns que descobrem ter habilidades especiais tais como telepatia, vôo, quebra da barreira tempo-espaço, indestrutibilidade e outros.
A 1ª temporada de Heroes é dividida em seis discos. Mal consegui terminar de assistir o disco 1. A trama que poderia ser interessante se desenvolve de forma cansativa, arrastada. A linguagem, inspirada em histórias em quadrinhos é irritantemente infantil. Nem smallville, que no Brasil foi traduzida como "As Novas Aventuras do Superboy" conseguiu ser tão boba.
Ok, é verdade que nunca fui fã de super poderosos. Superman nunca fez sucesso comigo e o Homem-aranha, bem, o homem-aranha tinha umas crises existenciais interessantes. Fora isso sempre achei muito fácil vencer os vilões quando se pode voar, ver através de paredes ou fugir pendurado em uma teia, sem contar a chatice de amarrar os bandidos e entregá-los para a policia. Ora faça-me o favor.
Herói de verdade para mim é o Batman. Sim, cheio de acessórios é verdade, mas bem mais "real". Sempre fui fã do Batman porque além de não ter super poderes o homem-morcego não perdoa seus inimigos. Isso sim que é super-herói.
Para os fãs de super poderosos, Heroes é uma ótima pedida, mas para quem gosta mesmo de super-heróis bom mesmo é assitir Batman Begins que conta como o milionário Bruce Wayne se transformou no homem-morcego e aguardar ansiosamente a estréia de BATMAN 2 : the dark knight em dezembro.
A bela mulher da foto ao lado é Aishwarya Rai, atriz indiana, estrela de Bollywood que por aqui ficou conhecida quando estrelou, o inglês, "O Sabor da Magia". Este mês chegou nas locadoras mais um filme protagonizado por Aishwarya, novamente a produção é inglesa e apesar de retratar a cultura indiana, passa longe de Bollywood.
Provoked: Uma história real, é baseado na história da indiana Kiranjit Ahluwalia, condenada a prisão perpétua na Inglaterra, após atear fogo no marido enquanto ele dormia.
Kira foi presa em 1989, ano em que a história começa a ser narrada. Os dez anos que duraram o casamento e os motivos que levaram Kira a matar o marido são nos apresentados em flash back e a partir de então começamos a conhecer e entender um pouco da cultura indiana e principalmente, dos ensinamentos dados às mulheres.
O roteiro do filme foi adaptado a partir do livro: "Círculo de Luz: A Autobiografia de Kiranjit Ahluwalia" e as várias vezes que o elenco o leu, ajuduram o diretor, Jag Mundhra (Natasha - bela e mortal), a extrair de Aishwarya uma interpretação dramática e comovente na medida certa para emocionar o público.
Provoked é um filme impressionante que não deve ficar de fora de sua lista.
Inicia hoje a 4ª edição da Mostra Curta Pará Cine Brasil. Ano passado, paralelamente à exibição de filmes, houve oficinas e workshops, entre eles o curso "Aguce seu olhar e seja um crítico de cinema", ministrado por Celso Sabadin, um dos meus criticos favoritos que hoje escreve no site cineclick.
Além da presença do Sabadin, a última edição dessa Mostra foi particularmente especial porque o primeiro curta que produzi, "Jack Picadinho" foi premiado melhor curta ficcional. A premiação do "Jack" foi uma maravilhosa surpresa pra nossa equipe, composta em sua maior parte por amadores, mas que se entregaram completamente ao projeto de produzir um filme de apenas 1 minuto de duração.
Conheça o Jack:
Esse ano os "pais do Jack" não inscreveram nenhum trabalho na Mostra, mas todos se encontrarão para assitir os filmes do festival e planejar novos trabalhos.
Veja a programação da IV Mostra Curta Pará Cine Brasil:
17 de outubro – Quarta-feira 19h30 Abertura/ Mostra Competitiva de Curtas-Metragens - “No Princípio Era o Verbo” (ficção, 18' , p&b, 35mm, ES, 2006) - “Jonas e a Baleia” (ficção, 20' , cor, 35mm, RJ, 2006) - “Saliva” (ficção, 15' , cor, 35mm, SP, 2007) 21h Longa-Metragem - “Mutum” (ficção, 95' , cor, 35mm, RJ, 2006)
18 de outubro – Quinta-feira 18h Sessão Extra - “Mamazônia – A Última Floresta” (documentário, 108' , cor, 16mm, 1996) 19h30 Mostra Competitiva de Curtas-Metragens - “Joyce” (ficção, 14' , cor, 35mm, SP, 2006) - “Balada das Duas Mocinhas de Botafogo” (Ficção, 14' , cor, 35mm, RJ, 2006) - “Alguma Coisa Assim” (ficção, 15' , cor, 35mm, SP, 2006) - “Um Ramo” (ficção, 15' , cor, 35 mm , SP, 2007) 21h Longa-Metragem - “Não por Acaso” (ficção, 100' , cor, 35mm, SP, 2007)
19 de outubro – Sexta-feira 18h Sessão Extra - “Fernando Lemos – Atrás da Imagem” ( 55' , cor, digital, RJ, 2005) 19h30 Mostra Competitiva de Curtas-Metragens - “Trecho” (documentário, 17' , cor, 35mm, MG, 2006) - “ Satori Uso” (ficção, 17' , cor, 35mm, PR, 2007) - “Sete Minutos” (ficção, 7' , cor, 35mm, RJ, 2007) - “Tori” (ficção, 16'49'', cor, 35 mm , SP, 2006) 21h Longa-Metragem - “5 Frações de uma quase História” (ficção, 95' , cor, 35mm, MG, 2006)
20 de outubro – Sábado 17h – Mostra Vídeo de Bolso (vídeos feitos com celular) 18h – III Prêmio Ná Figueredo ao Melhor Videoclipe Paraense 19h30 Mostra Competitiva de Curtas-Metragens - “Paralelos” (ficção, 15' , cor, 35mm, BA/MS, 2007) - “O Brilho dos Meus Olhos” (ficção, 11' , cor, 35mm, RJ, 2006) - “Noite de Sexta Manhã de Sábado (ficção, 15' , PB, 35mm, PE, 2006) - “Alphaville 2007 D.C” (ficção, 16'04'', cor, 35mm, SP, 2007) 21h – Longa-Metragem - “A Via Láctea” (ficção, 88' , cor, 35mm, SP, 2007)
21 de outubro – Domingo 17h Pré -Lançamento Longa Metragem Infantil - “Garoto Cósmico” (ficção, 77' , cor, 35mm, SP, 2007) 19h30 Longa Metragem - “Deserto Feliz” (ficção, 88' , cor, 35mm, PE, 2007) - Premiação
IV Mostra Curta Pará Cine Brasil acontece no Cine Estação, de 17 a 21 de outubro. Dentro da mostra será exibido o filme inédito em Belém “Não Por Acaso”, com Rodrigo Santoro. Os ingressos custam R$ 4,00, com meia entrada para estudantes.
É tempo de Círio em Belém do Pará. A cidade fica uma loucura, a correria é tanta que nem tenho tido tempo de postar. Mas tudo bem, depois que a santa chegar no seu destino, no próximo domingo, tudo voltará ao normal.
O Círio é uma festa religiosa que acontece no segundo domingo de outubro em Belém. Conhecida como o "Natal dos paraenses" é na verdade um misto de religiosidade e profanidade.
Esta última é tão presente que em 2004, o Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) incluiu a Festa da Chiquita (festa organizada por travestis que acontece na noite que antecede o Círio de Nazaré)no processo de tombamento do Círio como patrimônio imaterial da humanidade, devido à programação profana estar inevitavelmente atrelada ao evento religioso.
Ano passado, 2006, a cineasta Priscila Brasil fez um documentário intitulado As Filhas da Chiquita que mostra a preparação para a festa profana que completa 29 anos amanhã, dia 12 de outubro.
No documentário, Priscila mostra diferentes pontos de vista sobre a festa, carolas, travestis, homossexuais e padres são alguns dos personagens ouvidos para compor o filme. Imperdivel!
Veja o teaser entenda um pouco. As Filhas da Chiquita Direção: Priscilla Brasil / Co-direção: Vladimir Cunha e Gustavo Godinho
Enquanto não estréia "Tropa de Elite", o polêmico filme de José Padilha, em Belém, dedico minhas horas de lazer às séries de tv.
Este final de semana deixei de lado Sex and City e ataquei de humor negro, ou nesse caso seria um drama negro?
Bem, isso deixo para você definir depois de começar a assistir "Six Feet Under" que no Brasil recebeu o nome de "A sete palmos".
Eleita a melho série dramátia em 2002 pelo Globo de Ouro e vencedora de 6 prêmios Emmy ( o Oscar da talevisão), a série de Alan Ball, roteirista vencedor do Oscar por Beleza Americana, "A sete palmos" estreou em 2001 e seguiu conquistando fãs até 2005, ano de sua quinta e última temporada.
Quem tem tv por assinatura pode acompanhar a série pelo canal Warner, que começou a reprisá-la, quem não tem pode fazer como eu e alugar de uma só vez todas a cinco temporadas que Thanks God têm na Fox Vídeo.
Sobre a série:
A família Fisher, dona de uma funerária, é o elemento principal da série que inicia com a morte do patriarca na véspera do Natal. A partir dessa morte, a família é obrigada a se reestruturar e aprender de vez a conviver com sua única fonte de renda: a funerária Fischer & Fischer.
Apesar de abordar temas delicados como morte, infidelidade, religião e homossexualidade, os episódio conseguem manter um ar cômico nas situações vividas pela familia, incluindo alguns diálogos absolutamente non sense entre os personagens vivos e os mortos.
Este é o candidato do Brasil a uma vaga na disputa do Oscar 2008. O segundo filme do diretor Cao Hamburguer (Castelo Rá-tim-bum - O Filme), disputou com outros 17 nomes a indicação.
Entre os filmes derrotados por "O ano em que meus pais sairam de férias" estava o Céu de Suely; Tropa de Elite (o favorito pelo público para a vaga) e Cinema, aspirinas e urubus (o meu favorito entre esses).
Segundo o juri (cineastas, jornalistas e críticos) que escolheu o longa, o filme de Cao Hamburguer foi escolhido por se mostrar o mais competitivo entre os demais.
Leon Cakoff foi um dos criticos que formavam o juri e explicou que segundo o histórico de premiações do Oscar, a "Academia gosta de histórias que têm um tratamento humano da criança".
Assisti "O Ano..." e gostei. Ponto. Simples assim. É um filme bem feito, a história, apesar de falar sobre a ditadura não apela para o drama, o que torna o filme ainda mais agradável de ser visto. Quando me perguntam sobre o filme a primeira palavra que vem à mente é "bonitinho".
Mas não quero com isso dizer que este é um filme menor. A mesma palavra me vem à cabeça quando penso em "Sideways", indicado ao Oscar em 2005 ou quando falo sobre o fenômeno do ano passado "Pequena Miss Sunchine", também indicado ao Oscar de melhor filme.
Os três filmes: "Sideways"; "Pequena Miss Sunchine" e o "O ano..." são deliciosos de se ver. São leves. Te fazem sentir bem ao final. Mas faltam neles um algo mais.
Não sei bem em que histórico de premiações os jurados se basearam para fazerem sua escolha. Mas pelo que me lembro, filme bonitinho não leva a estatueta para a casa.
Depois de um dia super cansativo precisava assitir algo relaxante. A escolha do dia foi "Depois de Horas" (1985), do diretor Martin Scorsese.
Para muitos a assinatura do diretor que também esteve a frente de Touro Indomável, Taxi Driver e Os Bons Companheiros bastaria para assistir o filme, mas é preciso cautela antes de locar "Depois de Horas".
Bem diferente do estilo que consagrou Scorsese, "Depois de Horas" é uma comédia de humor negro, uma sátira a vida nas grandes cidades, nesse caso, Nova York.
Paul Hackett (Griffin Dunne) é um nova-iorkino solitário e cansado do trabalho entediante que se mete em situações inacreditáveis depois de ter conhecido uma mulher enquanto tomava café.
Quem só conhece o lado denso de Martin Scorsese irá se surpreender ao assistir esse filme, onde o diretor aparece como figurante em uma das cenas. "Depois de Horas" é garantia de diversão. Não perca.
Não senhores, ainda é dessa vez que falarei sobre os filmes para maiores de 18.
Resolvi revelar meu lado "mulherzinha" e escrever sobre um seriado que a-do-ro e que em breve estará nos cinemas: Sex and City.
Inteligente, divertida e absolutamente feminina essa é certamente uma série que homem nenhum devia deixar de assistir. Contraditório? Nem tanto.
Durante as seis temporadas em esteve no ar, Sex and City mostrou o comportamento de quatro mulheres, com personalidades bem distintas, frente a suas conquistas e decepções pessoais e profissionais.
Sendo mulher, impossivel não se identificar com alguma situação vivida por Carrie Bradshaw (Sarah Jessica Parker), Samantha Jones (Kim Cattral), Miranda Hobbes (Cynthia Nixon) ou Charlote York (Kristin Davis).
Agora, se você meu caro amigo, cansou de tentar adivinhar o que se passa na cabeça de uma mulher, está na hora de correr para a locadora e começar a assitir Sex and City.
Sex and City nos Cinemas
Para os fãs da série, que como eu, já assistiram milhares de vezes todos os episódios das seis temporadas de Sex and City, uma boa notícia: a série de tv vai virar um filme.
Seguindo o exemplo das Panteras, Missão Impossível ou Miami Vice, a série de tv Sex and City, exibida pelo canal HBO entre 1998 e 2004, vai virar um longa metragem.
As filmagens iniciaram em setembro em Nova York, onde se passou a maior parte da ação da série durante suas seis temporadas.
O filme, que será exibido somente em maio de 2008, mostrará as 4 amigas exatamente 4 anos após o término da série. A expectativa é saber a quantas anda o namoro de Carrie e Mr. Big (Chris Noth). Estarão eles juntos ou separados?
Algumas fotos dos bastidores da filmagem já estão na internet e revelam alguns detalhes da história, mas para quem prefere a surpresa e decidir aguardar ansiosamente até a chegada do filme nas telonas sem saber o que o espera o melhor é ir matando a saudade das aventuras das quatro amigas revendo as seis temporadas da série disponíveis em DVD.
Veja as fotos dos bastidores e leia mais sobre o Sex and City - o filme em: Poltrona Tv Ego
Duas coisas me fizeram sair de casa para locar "Totalmente Apaixonados":
1ª. Não importa se você tem mais de 100 canais na sua televisão, domingo você não vai achar nada interessante.
2ª. O charme de David Duchovny.
Sim eu confesso, assistia Arquivo X muito mais pelo agente Mulder (David Duchovny) do que pelas histórias sobrenaturais da série. Mas, de volta ao filme.
"Totalmente Apaixonados" é uma comédia romântica agradabilíssima. Nada de adolescentes fugindo de casa para ir à festa da escola, ou jovens que se conhecem na biblioteca da Universidade.
Assim como “Alguém Tem que Ceder” (2003), “Totalmente Apaixonados” certamente agrada menos aos adolescentes que seus pais.
A história do filme gira em torno de dois casais: Rebecca (Julianne Moore) e seu marido Tom (David Duchovny) e Tobey (Billy Crudup) e sua namorada Elaine (Maggie Gyllenhaal).
Enquanto o primeiro casal passa por uma crise em seu casamento, Elaine começa a ter problemas com o namorado por acreditar que após 7 anos de namoro já é hora de casar.
Na maioria do tempo, “Totalmente Apaixonados” não difere de outros filmes do gênero, mas afinal estamos falando de comédias românticas; aquele gênero especial do cinema que não é tão divertido quanto uma comédia ou tão denso como um romance.
E então você se pergunta: mas se não vou me surpreender por que vou assistir? Ora, a bela Lisbela* disse uma vez: “Não importa o que acontece, mas como e quando acontece” Eu concordo, e você?
* Lisbela é o personagem vivido por Débora Falabella no filme de Guel Arraes, Lisbela e o Prisioneiro.
Começou hoje em Belém a XI Feira Pan-Amazônica do Livro. É claro que tinha que aproveitar a oportunidade para comprar mais alguns livros sobre cinema e alimentar uma mania que não consigo largar de mão: comprar livros que estão sendo adaptados para o cinema.
Mesmo sabendo que invariavelmente vou me arrepender depois, basta eu ouvir que a história vai ser adaptada que eu corro para uma livraria.
Foi assim quando soube que o livro "Uma Vida Interrompida" viraria o novo filme do diretor de Senhor dos Anéis, Peter Jackson e se repetiu com o livro "Ensaio Sobre a Cegueira" que já está sendo filmado sob a direção de Fernando Meirelles (Cidade de Deus).
O contrário, ler o livro depois de assistir ao filme, também acontece, mas com menor frequência. Nesse caso posso citar "Memórias de uma Gueixa"; "Perfume - a história de um assassino" e "Pergunte ao pó", este último possui uma particularidade, ele conta a história de um escritor durante o processo de criação de sua obra, um grande exemplo da deliciosa mistura cinema e literatura.
E como ler um bom livro é para mim tão prazeroso quanto assistir a um bom filme. este final de semana me dedicarei à leitura.
Até mais.
Veja a programação da XI Feira do Livro e leia mais sobre adaptações para o cinema e filmes sobre escritores:
Estive ontem na abertura oficial da Mostra de Cinema Indiano. O filme apresentado foi Jhoom Barabar Jhoom(2007). Não posso dizer se de fato ele é uma versão do famoso Moulin Rouge: Amor em Vermelho(2001) pois este último faz parte da minha lista : "Filmes que todo mundo viu, menos eu", mas posso dizer que Jhoom Barabar Jhoom é surpreendente.
Procuro assistir a todo gênero de filmes, mas confesso ter uma certa barreira com comédias, as que me agradam costumam ser de humor negro, como: Matadores de Velhinhas (2004) e o Cheiro do Ralo (2007); esses encabeçam a lista: "Filmes que todo mundo odeia, menos eu", mas voltando ao Moulin Rouge indiano, o que quero dizer é que foi uma agradável surpresa me perceber rindo em coro com a sala de exibição ontem.
Jhoom Barabar Jhoom tem um enredo super simples, daquelas comédias românticas que você sabe como vai terminar; o figurino e a maquiagem lembram muito as novelas que passam a tarde no SBT, mas quem disse que não é proposital?
Este filme foi feito para divertir e diverte. E o que mais se pode dizer sobre um filme que cumpre seu papel? O cineasta indiano Ram Devinene disse ontem a noite: "Se você assitir a um filme de Bollywood e não se divertir você não entedeu Bollywood"
Nesse caso, Jhoom Barabar Jhomm é puro Bollywood.
Veja a programação completa da Mostra de Cinema Indiano e a sinopse de Jhomm Barabar Jhomm no site da Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves.
Jhoom Barabar Jhoom é o filme de estréia da Mostra de Cinema Indiano. Ainda inédito no Brasil, ele é considerado uma versão indiana de Moulin Rouge. A Mostra inicia hoje, às 19 horas no Cine Líbero Luxardo.
E já que Bollywood tomou conta da cidade , revi ontem O Motim. Nossa! Que filme impressionante.
Baseado em fatos, o filme mostra a Índia quando esta ainda era uma colônia inglesa, em 1857. O país era regido pelas leis da Inglaterra e seu povo era obrigado a conviver com o exército britânico em seu território.
O Motim mostra a clara intervenção da Inglaterra sobre os costumes e crenças dos indianos e nos faz questionar sobre os conceitos de certo e errado. Com um enredo forte que te prende até o fim, este é sem dúvida o melhor do cinema indiano que vi até hoje.
Amanhã, quarta-feira(26), começa em Belém a Mostra de Cinema Indiano. Os filmes serão exibidos no Cine Líbero Luxardo e a programação completa está disponível no site da Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves.
Considerado por mim um gênero a parte, o cinema Bollywoodiano me conquistou há tempos. É praticamente impossivel definir se você está diante de um filme de ação ou de um drama, mas é certo que terá romance e música, muita música. Os indianos adoram os números musicais no meio do filme.
Para ir entrando no clima Bollywoodiano, passei na Fox e loquei "Um Casamento a Indiana", ganhador do Leão de Ouro em 2001.
O filme mostra os preparativos que antecedem a festa de casamento de Aditi e Hemant. Mas como o casamento é arranjado, os noivos mal se conhecem e para completar Aditi ainda se encontra com seu ex-namorado, um jornalista da tv indiana, casado.
Com uma história simples, a narrativa é feita de uma maneira leve e agradável. A diretora Mira Nair (Kama Sutra)também acrescentou na película imagens de Nova Délhi, capital do país.
Um Casamento a Indiana é ideal para conhecer um pouco da cultura indiana e se habituar com seus filmes, considerados os embaixadores culturais do país.
*Bollywood é a industria cinematográfica da Índia concentrada em Bombaim. A junção do nome da capital com Hollywood originou o nome.
A imagem que ilustra o título deste blog faz parte do filme Cidade de Deus, dirigido por Fernando Meirelles.
Dos vídeos amadores produzidos ainda na faculdade de arquitetura em São Paulo à Hollywood pouco mais de três décadas se passaram. Tempo suficiente para que Meirelles se tornasse um diretor mundialmente respeitado pela qualidade em seu trabalho.
Já consagrado por suas produções para televisão entre elas o inesquecível programa da Tv Cultura: "Rá-tim-bum", o diretor direcionou seu trabalho para a tela grande e o resultado não poderia ter sido melhor.
Depois de dirigir o longa metragem 4 vezes indicado ao Oscar em 2003, Cidade de Deus, Meirelles repetiu a fórmula já na sua primeira produção internacional: O Jardineiro Fiel, também foi indicado em 4 categorias do Oscar 2006 e levou para casa a estatueta de atriz coadjuvante para Rachel Weiz.
Hoje, Fernando Meirelles é responsável pela versão cinematográfica do livro Ensaio Sobre a Cegueira, de José Saramago. Em entrevista publicada, esta semana no Google Noticias, o diretor fala sobre o longa que se chamará Blindeness e terá cenas gravadas no Canadá, Uruguai e Brasil.
Esta semana Fernando grava em Montevidéu de onde atualiza o blog do filme.
A vontade já existia, eu confesso, mas faltava um pequeno empurrão para que o desejo se concretizasse ou nesse caso se virtualizasse.
Quando adolescente escrevia em diários, não era um ritual diário, mas os fatos mais importantes de minha vida eram devidamente registrados e, se possível, evidenciados com ingressos de shows, convites para festas ou papéis de bombons.
Um dia deixei de escrever em meu diário. Não lembro porquê.
Quando os diários virtuais viraram mania pensei em resgatar esse antigo hábito, mas algo me fez recuar.
Esse mês a idéia de criar um blog voltou a habitar meus pensamentos. Simone Romero sugeriu e voltei a pensar com carinho na idéia.
Lembrar do tempo em que tudo era devidamente registrado na agenda perfumada me fez lembrar de outro hábito que o tempo, ou a falta dele, obrigou-me a abandonar: assistir um filme diariamente.
Não importava se era na tela grande do cinema ou na pequena da sala de casa, diariamente assistia a um filme.
Nem sempre eram bons. Nem sempre eram filmes; passei muitas madrugadas acordada assistindo compulsivamente aos episódios de uma série. Não assisto novelas, mas não resisto a uma série de tv.
Em algum momento deixei de ir à locadora diariamente e o cinema passou a ser um programa esporádico e não mais semanal.
Na mesma época em que pensava sobre agendas e filmes uma grande amiga, também jornalista, criou um blog que une sua paixão pelo texto com a culinária: tomato e potato. Era a deixa que me faltava.
E assim surgiu esse blog: Um filme por dia. O que não é uma promessa, mas um desejo.
